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12 de março de 2011

Como montar um projeto

Pedagogia de Projetos: um Desafio Apaixonante




Nos dias de hoje discute-se muito a forma como a educação dita formal (escolar) tem sido estruturada. Neste contexto, o aluno e o professor possuem um papel muito passivo no processo ensino-aprendizagem, na medida em que não têm a possibilidade de construírem este processo. Conteúdos e formas de apresentação das mesmas já estão pré-estabelecidas. Assim, o processo ensino-aprendizagem perde toda sua magia, deixando de ser significativo e prazeroso,tanto para os alunos como para os professores.

A pedagogia de projetos vem nortear as atividades escolares, permitindo um trabalho interdisciplinar, abrangendo as diversas áreas do conhecimento, inserida na realidade e viabilizando múltiplas relações sociais.

A função do projeto é favorecer a criação de estratégias para resolverem um problema proposto, testar algumas hipóteses referentes a um determinado tema, pesquisar sobre um assunto eleito pelo grupo, enfim, levar o grupo a buscar o que lhe é significativo.

O projeto auxilia os alunos a serem conscientes de seu processo de aprendizagem e exige do professor uma postura flexível, de pesquisador onde os desafios e conflitos o estimulem e não o paralisem. As fontes de pesquisa são as mais diversas: livros, material impresso, vídeos, relatos de exposições culturais, músicas, experimentos...

A pesquisadora francesa Josette Jolibert diz que a Pedagogia de Projetos favorece o envolvimento dos alunos como co-autores de sua aprendizagens, possibilitando-lhes fazer escolhas, decidir e se comprometer com suas escolhas, assumir responsabilidades, planejar suas ações, ser sujeito de sua aprendizagem.

Os projetos surgem na relação adulto/criança na medida em que o professor é capaz de atribuir significado à curiosidade despertada por assuntos ou atividades, às perguntas feitas, ao que é necessário ao seu desenvolvimento. No momento em que o professor consegue entender e aprofundar seus conhecimentos nesta proposta de trabalho, terá condições de aventurar-se em infinitas descobertas e perceber o quanto isto é enriquecedor.

As etapas da elaboração de um projeto são muito importantes e repletas de descobertas. Para tanto o professor deve se organizar e mapear o que deseja trabalhar. Esse mapeamento deve ser flexível.

Roteiro:

- Objeto do conhecimento (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História...)

- Conteúdos específicos – Tema

- Objetivos específicos - O que o professor e os alunos desejam com o projeto.

- Objetivos:

- De vida cotidiana - questões práticas relacionadas com a construção do grupo:

- Empreendimento - apoiados em situações reais, nas realizações do grupo;

- Aprendizado - conhecimento relacionado à aprendizagem do grupo.

- Justificativa - O que as crianças possam vir a conhecer.

- Origem do projeto

- Intenção do projeto

- Relação do tema com o grupo, observando as características da idade, tipos de pensamento, relações que estabelecem com o mundo.

- Desenvolvimento - marcos do trabalho, atividades...

- Recursos

- Avaliação - Uma do professor e outra do grupo de alunos

- Tempo provável de duração

De acordo com as pesquisas de Jolibert, situações favoráveis para aprendizagem são criadas a partir de um meio propício à discussão, tomada de decisões, reflexões, ações e avaliações contínuas. No momento que o grupo está envolvido pelo seu projeto é como se esse estivesse "vivo", as crianças mais cooperativas buscando estratégias e definindo em conjunto a condução do projeto, permitindo maior autonomia.

Um projeto pode dividir-se em:

Projetos referentes à vida cotidiana: abrangem todas decisões relacionadas à existência, ao funcionamento da vida de um grupo de crianças e adultos na escola.Organização do espaço, tempo, atividades, regras... permitem uma maior organização das crianças deste grupo, oportunizando-as a se expressar, escolher, viver e assumir seus conflitos, compartilhar as responsabilidades, aprender a ouvir os outros, tornarem-se autônomos

· Projetos empreendimentos: atividades complexas em torno de uma meta definida. São referentes a situações reais, transformando um mero conteúdo escolar em uma necessidade e atividade prática concreta. Essas situações possibilitam aos alunos lidarem com a distribuição de tarefas em um espaço de tempo e efetuarem um processo de avaliação dos resultados obtidos.

· Projetos de aprendizado/competência: pôr ao alcance das crianças o conteúdo das instruções oficiais. Portanto, surgem do desejo de tornar os alunos sujeitos de sua aprendizagem. Esses projetos são construídos coletivamente (professor/aluno) a partir da apresentação simplificada do conteúdo curricular. O mesmo decorre dos projetos de vida cotidiana e empreendimento, pois desenvolvem habilidades, destrezas e conteúdos que sustentam a execução dos mesmos.

Durante a execução do projeto, o grupo deverá realizar avaliações contínuas referentes ao relacionamento em grupo, planejamento e suas etapas, execução, envolvimento, responsabilidades e que marcas lhe são significativas em uma etapa do projeto ou mesmo na finalização do mesmo. Esta avaliação pode ser feita através de registros gráficos, relatórios, reflexões orais, painéis...

Os registros realizados no decorrer do projeto servem como um importante referencial do que está sendo desenvolvido no momento e para divulgar o trabalho na escola. O projeto é aberto e o envolvimento de mais pessoas com certeza possibilitará muitas trocas e descobertas significativas.

O trabalho com projetos permite que qualquer criança, mesmo as com necessidades educativas especiais, viva com autonomia suas estratégias de aprendizagem e sua vivência num grupo com estruturas envolventes, conflitivas, criativas, responsabilizantes. Permite que as crianças construam sua história de "vida escolar" com entusiasmo, alegria, conflitos, dificuldades e muitas aventuras, permeadas pelo currículo escolar.

O QUE TODO PROJETO DEVE TER
1- CAPA ( aqui deve constar o nome da escola ou universidade, o nome do aluno, o nome do projeto, o ano)

1- dedicatória ( opcional )

2- índice

3- Apresentação ( aqui podem ter citações de educadores famosos)

4- justificativa ( porque foi feito esse projeto? Quais os indicadores)___ Não pode ter texto de outros autores, tem que ser redação própria.

5- Cronograma

6- Desenvolvimento ( aqui detalhar o projeto, as ações, objetivos, estratégias)

7- Avaliação ( como o projeto vai ser avaliado)

8- Anexos

9- Fonte de pesquisa ou Bibliografia ( detalhe: se você entrevistou alguém tem que constar aqui a entrevista na integra. E então terá que ser FONTE DE PESQUISA MESMO ___ bibliografia se você pesquisou apenas em livros e em Internet.)

FONTE: EMAIL PROFESSORES SOLIDÁRIOS

BERÇÁRIO

É necessário conhecer o desenvolvimento infantil para, então, propor atividades. Normalmente, bebês de 5 a 10 meses de idade colocam tudo na boca. Quando de bruços, levantam a cabeça e ombros, rolam, sentam, arrastam-se ou engatinham, ficam de pé com apoio. Reconhecem as coisas e pessoas, não têm medo de animais, mexem em tudo.




Crianças de 1 ano, ficam em pé, anda, podem subir escadas, dizem algumas palavras, aprendem o nome das partes do corpo.



De 1 a 3 anos, possui atividade motora intensa, usa colher e copo, gosta de brincar com água e escova de dentes, empilha objetos. Já tem vontade própria, fala muito, canta, imita, tem crises de birra, freqüenta escola. Diante disso, devemos trabalhar o aspecto psicomotor (respeitando a faixa etária), por meio de atividades de coordenação motora ampla e fina com diversos tipos de materiais (fazer com que a criança desenvolva o controle de seus próprios movimentos e explore o espaço, vivenciando diferentes situações de posição), atividades de estímulos visuais (permitir que a criança discrimine e identifique semelhanças e diferenças perceptíveis através da visão), auditivos (propiciar à criança situações para desenvolver a discriminação, memória e atenção auditiva), táteis (conduzir a criança na exploração do meio em que vive de modo a identificar formas e sensações através do contato físico), massagens, exercícios exploratórios referentes às partes do corpo; o momento do relaxamento (com músicas orquestradas e variadas); aproveitar o momento do banho para dar novos conceitos e experiências sensoriais e psicomotoras, tais como, noções de espaço; aulas de música, em que as habilidades auditivas começam a ser focadas e treinadas, tais como discriminação, atenção e memória auditiva; não se esqueça de estimular a linguagem, criatividade, organização do pensamento, cognição, etc., com fantoches, dramatizações... as crianças adoram!

Apesar da pouca idade, elas têm que estar em contato com a língua para aprender e para desenvolver o seu vocabulário... além disso, essas atividades auxiliam no treinamento da atenção (visual e auditiva) e na aprendizagem das emoções...É interessante, também, proporcionar à criança situações que desenvolvam o aparelho fono-articulatório para, posteriormente, utilizar a linguagem oral de forma clara e espontânea.Não podemos esquecer de incluir atividades no parquinho de areia ... na grama sintética (para banho de sol e outras atividades)... na piscina (bebês acima dos 6 meses costumam se beneficiar muito dessas atividades).... no jardim... e dos itens de higiene e segurança. É importante que o ambiente seja claro e arejado.... sem cheiros fortes, cortinas, carpetes ou tapetes.... enfim, qualquer coisa que possa causar alergias.... inclusive bichinhos de pelúcia.... Além disso, muito amor, carinho e atenção.... eles merecem!

fonte:http://prolilipropathy.blogspot.com

Mordidas na creche !!!!!!

Mordidas



Porque meu filho morde os amiguinhos na escola?Esta pergunta sempre aparece, quando a mãe é chamada na escola para receber a triste notícia: Seu filho tem mordido os amigos da sala. Porque isto acontece? Geralmente são alguns fatores externos que levam a criança a morder. O primeiro que deve ser abordado é rever como os pais brincam com a criança. Existem pais que demonstram carinho com pequenas mordidas. Neste caso a criança nada mais faz do que reproduzir a forma de carinho que recebe. Ela morde para demonstrar que gosta da pessoa, pois seus pais demonstram o carinho dessa forma. O melhor a fazer é parar de morder a criança e trocar as “pequenas mordidas” por beijos e com certeza seu filho irá também parar de morder os amigos na escola. Outro ponto a observar é em qual situação a criança morde. Se for para expressar o que está sentindo, seja no momento de raiva ou de euforia, se for numa disputa por brinquedos, se ela morde também os adultos, etc. Isso acontece porque ainda não consegue expressar com palavras seus sentimentos e usa este ato para fazê-lo.A forma mais adequada é conversar com a criança cada vez que ela tentar ou conseguir morder o amigo, explicando que pode falar o que deseja ou simplesmente usar outra forma de expressão. Ensinar que não se deve morder, mordendo é muito errado. Se seu filho morder alguém, não peça para a outra criança fazer o mesmo com ele. Ele não entenderá esta forma de punição, aliás, nem eu entendo! Bater na boca, gritar ou colocá-lo de castigo por horas também não o farão entender o delito cometido. É importante que a criança perceba que com este ato ela machucou o amigo. Conversar com ela, orientar para que peça desculpas é importante. Existe outro ponto importante, conheci uma criança que se mordia. Certa vez a professora estava observando seus alunos no parque e viu que uma aluna ficava isolada do grupo, ao se aproximar percebeu que a menina estava se mordendo. Porque isto acontece? Às vezes a criança está somente experimentando uma sensação. Isso é normal. Outro motivo, é para chamar a atenção ou da professora ou dos pais. Pois ao verem a mordida no braço ela será acolhida, tocada, amparada e terá seu objetivo atendido. Neste caso a conversa também é o melhor caminho. A mordida, como outras formas de expressão entre 2 e 4 anos são normais e transitórias. Normalmente a criança vai substituindo este ato pela fala e percebe que com isso ela consegue muito mais. Mas não deixem que essa fase passe desapercebida, fiquem atentos pois com zelo e carinho tudo se resolve mais facilmente.

Artigo da Psicopedagoga Débora Corigliano


6 de março de 2011

Educação pelo lúdico:
O papel do brinquedo, da brincadeira e do jogo na educação infantil

Artigo apresentado na semana acadêmica do curso de pedagogia, da Universidade Luterana do Brasil – Ulbra, em novembro de 2010.

Autora: Márcia de Oliveira Soares

RESUMO:
Este trabalho, procura explicar a relação entre o brinquedo, a brincadeira e o jogo com o desenvolvimento infantil, traçando uma linha entre a concepção de criança do passado e a contemporânea, mostrando como o brincar e as definições de infância, estão sendo alterados ao longo dos tempos, pela história e pela cultura, deixando evidente sua importância no desenvolvimento integral do ser humano. Este artigo destacará duas vertentes do brincar. Sua forma livre e espontânea, sem a interferência do adulto, que se colocará no papel de observador e mediador das experiências e interações infantis e o brincar dirigido, como fonte de aprendizado e facilitador do ensino, onde é papel do educador traçar metas e objetivos a serem alcançados, usando o jogo e a brincadeira, como ferramenta para o aprendizado e aquisição de novas habilidades.

Palavras chaves: Infância, brincadeira, jogo, desenvolvimento, prática pedagógica.

Considerações IniciaisAo longo dos anos, surgiram pesquisas que apontaram mudanças significativas na concepção de criança, infância e brincadeira. Não é preciso buscar em um passado distante estas transições, basta fecharmos os olhos e lembrarmos as brincadeiras da nossa infância e o papel que elas ocuparam em nossa formação e depois compararmos com o tempo e espaço das brincadeiras na infância contemporânea. Quem nos ensinava a brincar e onde brincávamos? Quem ensina e onde brinca a criança da atualidade?
Ariés (1981), discute as formas como a infância foi tratada pela sociedade no decorrer do tempo. Bebês ao nascer ficavam imóveis, muitas vezes em quartos escuros, eram enrolados em panos que limitavam seus movimentos e a possibilidade de qualquer exploração com o mundo era tolhida. Os cuidados e a educação, eram tarefas de algumas mulheres e tudo o que era vivenciado pela criança, era antes selecionado e escolhido pelo adulto. Em outras palavras, a criança interagia pouco e tudo o que conhecia era dado, sem possibilidade de troca. Ao crescer, eram vistas como miniadultos, não havia características específicas da infância que as diferenciassem do mundo adulto, participavam das mesmas atividades e recebiam as mesmas informações, independente de terem interesse ou maturidade para assimilar. O autor aponta ainda que, foi apenas no século XVII, que mudanças significativas na forma de pensar a infância começaram a surgir e só a partir daí, foram estudados aspectos de começaram a diferenciar o mundo infantil do adulto, evidenciando peculiaridades e necessidades comuns a infância.
Logo, podemos dizer que foi apenas na modernidade, que a criança passou a ser reconhecida com tal, passando a se distinguir do universo adulto, que por sua vez, passou então a observar, estudar e atribuir significado a cada etapa do desenvolvimento infantil, com a finalidade não só de compreendê-lo melhor, mas também de colaborar com seu crescimento. Sendo assim, a criança passa a ser criança, freqüentar espaços próprios, conviver com outros da sua faixa etária e conquista o direito de brincar por prazer e não apenas como forma de reproduzir a vida adulta.
Até algum tempo atrás, se brincava na rua, com vizinhos, amigos, irmão ou primos mas, atualmente, as famílias estão reduzindo. Devido a violência e ao fato dos pais ou responsáveis trabalharem fora, o lugar de brincar passou a ser dentro de casa, usando jogos eletrônicos, na companhia da televisão e com a supervisão de uma babá. A possibilidade de interagir e brincar com outras crianças, está ficando mais restrita, delineando novas formas de pensar e ver a infância contemporânea e, principalmente, definindo novos papéis para a escola, já que é, por excelência, um dos poucos ambientes freqüentados pela criança, onde tem a oportunidade de interagir com outros, explorar o espaço e ser verdadeiramente criança.
“Brincar, para a criança, é tão importante e sério como trabalhar é para o adulto. Ou mais até, porque dificilmente encontramos um adulto tão dedicado ao seu trabalho como a criança o é à sua brincadeira. O trabalho é dirigido de fora, pelas necessidades e metas dos adultos. Brincar brota de dentro da criança. Brincando, a criança imita o trabalho, os gestos do adulto. Assim, ela descobre o mundo. Ela vivencia suas leis sem fazer conceitos lógicos sobre elas.” (Ignácio, 1995 p.25)

Considerando o brincar a forma mais completa de desenvolver a criança, a partir da agora, vamos aprofundar as definições e características do papel do brinquedo, da brincadeira e do jogo na educação infantil, diferenciando o brincar livre e espontâneo, do brincar dirigido, ambos com caráter lúdico e promotor do ensino aprendizado.
Em um primeiro momento, é importante destacar que, brincar também é um aprendizado. Precisa ser ensinado, pois brincar também se aprende. Quando um bebê esconde o rosto atrás da fralda, está apenas realizando um gesto, mas quando o adulto repete a ação e incorpora as palavras “cadê o bebê? Achou!”, transforma um gesto involuntário em uma brincadeira que, aos poucos, será incorporada de forma intencional, ao repertório de ações da criança. Este gesto, além de sua função recreativa, auxilia a criança a lidar com a ausência do adulto e a ansiedade que isto gera. O mesmo vale para qualquer brincadeira na educação infantil, independente se a criança possui um ou 5 anos.
Como já comentado, o brincar sofre interferência no decorrer do tempo e do espaço, cabe ao educador, ensinar as crianças a brincar, renovando o repertório, resgatando as brincadeiras do passado e contrapondo com as da atualidade.

“ A criança expressa-se pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de se renovar a cada nova geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada novo brincar”. (DORNELLES, 2001 p103)

Em um segundo momento, temos que ter consciência de que a forma como planejamos nossa aula, organizamos nosso espaço em sala, como propomos as atividades e como valorizamos o ato de brincar, define nosso entendimento do que é a infância. De nada adianta o professor saber que o brincar é a atividade essencial da criança, se em sua prática pedagógica acredita que aprender está relacionada a preencher folhas de atividades, sentar na mesa, fazer silêncio ou preencher linhas em um caderno. Uma sala maravilhosa, cheia de cartazes, totalmente organizada, não é garantia de aprendizado se o aluno não participa da construção dos mesmos ou mesmo não lhe é dado a chance de manuseá-los. O mesmo vale para brinquedos que seriam bem aproveitados se não estivessem em prateleiras altas e fora do alcance das crianças, para estes casos, o melhor é ser feito é um rodízio dos brinquedos, para que todos possam ser explorados.
O brincar auxilia a criança na construção da autonomia, no convívio com outras pessoas, aprendendo a ceder o brinquedo e compartilhar objetos que gosta, ensina a expressar sentimentos e estados interiores, pois quando brinca a criança reflete seu estado de espírito, seus medos e suas dificuldades, além de ensinar a criança a conhecer o mundo onde vive, já que através da brincadeira, pode reproduzir e simular situações do seu cotidiano e interiorizar conceitos e modelos adultos. Mas o principal, o ato de brincar ensina regras e limites, como esperar a vez do outro, jogar sem trapacear, ceder, revezar na interpretação de papéis. Sobre isso, Negrine (2002) reforça que “ Portanto, o entendimento é de que a imagens com as quais a criança opera na ação do brincar, se constituem combustível da memória, da atenção, da percepção e do pensamento”. Cada vez que a criança imita, brinca e ensaia situações do cotidiano que vivencia em suas observações como a mãe trabalhando, cozinhando, lidando com os problemas, o pai dirigindo, contando uma história, ela busca interiorizar estes gestos e reproduzir em suas ações, aprimorando gradativamente suas habilidades motoras, cognitivas e psíquicas.
Com isso, podemos entender que o brincar e a brincadeira, são ações da criança, podem acontecer através do jogo ou do uso de um brinquedo, mas também podem acontecer na forma oral ou mesmo utilizando a imaginação (faz de conta) ou até o corpo, podemos citar esconde-esconde, pega-pega entre outros. O brinquedo é um objeto que busca dar suporte ao ato de brincar, pode ser uma bola, uma corda, um pé de lata ou um bambolê, uma boneca ou um carrinho. Segundo Piaget, os jogos podem ser organizados da seguinte forma; os jogos de exercício, os jogos de papéis ou protagonizado, os jogos de construção, os jogos de regras.

"desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante." ( CARVALHO, 1992n p14)
O brincar e o gêneroMeninas brincam de bonecas. Meninos brincam de casinha. No século XVII, novas formas de ver a infância começaram a surgir, no entanto, o brincar passou a ser uma ferramenta para preparar a criança para a vida adulta. Por isso, meninos usavam ferramentas que eram adaptadas a sua idade e tamanho, enquanto meninas brincavam de bonecas e se preparavam para a vida adulta, segundo Ariés (1981). Na modernidade, o papel do brincar recebeu novo enfoque, mas alguns estereótipos, persistem ainda nos dias de hoje.
O papel do professor na adequação da rotina escolar ao lúdicoO educador precisa ter bem definido quais os objetivos possui quando incorpora em sua prática pedagógica o brinquedo, a brincadeira e o jogo. O brincar pode ser em caráter pedagógico, este deve ter a participação do professor na elaboração do material, das regras, na construção do objetivo e na intervenção, quando esta se faz necessária. Neste caso, o jogo é um meio para chegar a um determinado fim. Pode ser para introduzir um conteúdo, apresentar um tema, reforçar um entendimento. Sendo assim, as crianças não estão livres para testar hipóteses, embora possam colaborar na formação das regras, o jogo como instrumento pedagógico já vem com intencionalidade e uma meta a ser cumprida.
Também pode ser em caráter espontâneo e livre, onde a criança determina quando, de quê e como irá brincar. É importante reforçar que este não é o momento do professor arrumar prateleiras, preencher diário, organizar a sala ou qualquer outra coisa. É um momento de observação, pois a brincadeira permite a criança manifestar-se de forma sincera, expressar o que incomoda o que gera angústia e o que a faz feliz. A brincadeira permite uma aproximação professor/aluno que o cotidiano escolar, muitas vezes, não permite. Esta é a hora de escutar a fala da criança e conquistar sua confiança, valorizando a sua realidade e buscando conhecê-la melhor, fazendo a acreditar nas suas capacidades e construir uma boa auto-imagem. Se não há um objetivo a ser alcançado, a intervenção fica em segundo plano, mas não significa que não aconteça.

“Sem incorrer em uma invasão da brincadeira por parte dos professores, a intencionalidade educativa da escola deve traduzir-se na provisão de materiais adequados; no estabelecimento de normas que evitem a discriminação, a agressão ou a brincadeira descontrolada; na formação de pequenos grupos que favoreçam a brincadeira construtiva e, em alguns momentos, de intervenção adulta sensível e enriquecedora”. ( Palácios e Paniagua, 2007, p.20)
Em qualquer um dos casos (brincar espontâneo ou dirigido), é importante observar a postura do educador quanto aos momentos destinados a brincadeira. Os espaços e brinquedos estão sempre abertos para uso ou há horário de entrada e saída? Ou pior, brincar é uma gratificação que só pode ser alcançada após realizar tarefas e ter bom comportamento?

Conclusão
Junto com as mudanças sociais, onde toda a família trabalha fora, o número de filhos reduziu, surge a necessidade de pensar a infância contemporânea e sua realidade social. A escola tornou-se por excelência, um espaço propício a interação, a troca de experiências, sendo seu papel, fazer um resgate do lúdico como fator fundamental ao desenvolvimento integral da criança, não apenas como uma forma de introduzir conteúdos. A escola de educação infantil deve então, pensar em seu currículo espaços, atividades e planejamento que propiciem o resgate da brincadeira.
Sala de recursos e projetos brinquedos e brincadeiras são bem vindos, no entanto, não há um espaço e uma hora determinada para se brincar, ele deve estar presente em todos os momentos da atividade infantil, seja em maior ou menor proporção. Da mesma forma, o conteúdo não deve ser camuflado em uma brincadeira, a criança precisa entender que aprender, é tão gostoso como brincar.
Concluindo, o papel principal do educador de infância, é por fim ao mito de que brincar está relacionado apenas a folgar, pois é muito mais do que isto. O ato de brincar é constitutivo da natureza humana, é o que nos torna capazes de lidar com a realidade e amadurecer conceitos, dando significados aos acontecimentos do nosso mundo. É fonte de prazer e também de aprendizado. Auxilia na cognição, no enfrentamento de situações problemas, na resolução de conflitos, no aprimoramento da coordenação motora e, principalmente no amadurecimento das relações sociais.

Referências bibliográficasARIÉS, Philippe. História Social da Criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981.
BEE, Hellen. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. A criança em desenvolvimento. 9 ed. Porto Algre: Artmed, 2003.
BERNS, Roberta M. O desenvolvimento da criança. São Paulo, Loyola, 2002.
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil , Brasília: MEC / SEF, 1998.
CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca . Vol. 1 e 2. São Paulo: Casa do Psicológo, 2003
FREIRE, P. (1999). Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
IGNÁCIO, K. Renatte. Criança Querida; O dia-a-dia das creches e jardim-de-infância. 2 ed.Antroposófica, 1995.
KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação . São Paulo, SP: Cortez, 1996
KONIG, Konig.Os três primeiros anos da criança: A conquista do andar, do falar e do pensar. Tradução de Karin glass. 2ª Ed. São Paulo: Ed Antroposófica, 1995.
MOYLES, Janet R. Só brincar? – O papel do brincar na educação infantil . São Paulo: Artmed, 2002.
NEGRINE, Airton. O corpo na educação infantil. Caxias do Sul, Ed. EDUCS, 2002
OLIVEIRA, Anie C. de. Ludicidade e Psicomotricidade. Curitiba: Universidade Luterana do Brasil, ibpex, 2008.
PANIAGUA, G.; PALACIOS, J. Educação infantil: Resposta educativa a diversidade. Artmed, 2007.
PIAGET (1975) – A formação do símbolo na criança . Rio de Janeiro: Zahar Editores.
SANTOS, Santa Marli Pires (Org.). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis , RJ: Vozes, 1997.
VYGOTSKY, L.S. (1984). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.
VYGOTSKY, L.S.(1993) Pensamento e linguagem . São Paulo: Martins Fontes.
QUEM QUISER SABER MAIS, PROCURE NO LINK ALFABETIZAÇÃO OU JOGOS, PARA ENCONTRAR AS SUGESTÕES E DICAS DE BRINQUEDOS E JOGOS QUE PODEM SER USADO NA CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES, POIS ELES FORAM POSTADOS APÓS A PALESTRA MINISTRADA NO MUNICÍPIO DE CAMAQUÃ SOBRE ALFABETIZAÇÃO LÚDICA.

Planejamento Escolar

A ARTE DE PLANEJAR

“ Entende-se por planejamento um processo de previsão de necessidades e racionalização do emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis afim de alcançar os objetivos concretos, em prazos determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação científica da situação original”.


Martinez de Oliveira





Planejar é formular uma seqüência de atividades interligadas entre si que serão trabalhadas com os educandos, a fim de auxiliá-los no processo de construção de suas habilidades e conhecimentos. É através do planejamento que organizamos nossas idéias e pensamentos, elaborando nossa rotina.
Quando planejamos uma aula conseguimos traçar novos objetivos e dar sentido a nossa prática, fica mais fácil perceber nossas falhas, modificar nossas ações e agir de forma intencional, buscando sempre o desenvolvimento integral da criança.

Planejar é imprescindível na prática docente, pois nos dá um norte, auxiliando na organização dos conteúdos e atividades que devem ser trabalhados.

Quem planeja, consegue atingir com facilidade os objetivos propostos e ensina com mais eficiência.

PLANEJAR NOS AUXILIA EM DIFERENTES ASPECTOS...




• Nos prepara para enfrentar imprevistos;
• Ajuda a dar seqüência as atividades;
• Oportuniza uma visão das necessidades das crianças;
• Dá coerência e flexibilidade à nossa ação;
• Nos auxilia na análise da situação e no mapeamento e ordenação de nossas ações;
• Possibilita o acompanhamento dos progressos e das dificuldades dos alunos;
• Permite ao professor revisar e flexibilizar as suas ações.
ESCOLHA COMO ORGANIZAR SEU PLANEJAMENTO:
PROJETOS PEDAGÓGICOS: Algumas escolas, independente da vontade do professor, trabalham com projetos pedagógicos. Esta forma de planejamento permite um aprofundamento maior sobre o tema a ser estudado, que não necessita de um períodp exato para início e término, alguns projetos podem durar o ano inteiro, outros são permanentes. Os projetos permitem maior interação dos alunos e suas famílias no processo de pesquisa e construção. Demandam conhecimento e esforço por parte do professor, que precisa avaliar de forma individual, sem parâmetros pré-determinados.
TEMA OU PALAVRA GERADORA: É parecido com o projeto, no entanto, ele surge a partir de uma palavra ou comportamento dos alunos. Pode ser definido pelo professor para suprir uma necessidade do grupo mas, geralmente, parte da área de interesse dos alunos. Apesar de valorizar a bagagem cultural da criança, pois o tema é debatido até esgotar as possibilidades, pode limitar o conteúdo que deve ser trabalhado, pois a abordagem dos temas depende do interesse do grupo.
PLANEJAMENTO POR DATAS COMEMORATIVAS: Muito comum em algumas escolas de educação infantil e ensino fundamental séries iniciais, aborda as datas comemorativas. Apesar de auxliar o aluno a se situar no tempo, valorizando acontecimentos do seu dia a dia é uma forma simplista de planejar pois o conteúdo é fragmentado, pois uma data não se relaciona com outra. Exige do professor um conhecimento sobre o tema, de forma a explicar claramente e sem enganos, o poruq~e de cada comemoração. É aconselhável de ser trabalhado junto a outras formas de planejamento para que seja mais completo.
LISTA DE ATIVIDADES: É comum nas escolas de educação infantil, este planejamento consiste em organizar o planejamento de acordo com as atividades da rotina da criança. Por exemplo: 2ª feira é dia de hora do conto, natação e assim por diante. A rotina é fundamental na escola, no entanto, organizar o planejamento desta forma pode descontextualizar a prática docente, pois um dia não dá sequência ao outro. Além de que, esta prática expressa a forma como a escola pensa o ensino, deixando claro uma visão assistencialista onde prevalece os cuidados e a ocupação do tempo da criança com tarefas.
PLANEJAMENTO BASEADO NOS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO: Esta forma de planejar está amparada pela psicologia do desenvolvimento, onde o foco é valorizar o motor, o cognitivo, o afetivo e o social. É importante porque permite a visão do aluno como um todo, em seu aspecto integral, por outro lado, se não tomarmos cuidado, esta forma de planejar pode ignorar a realidade histórico-social. Exige do professor a percepção de que cada criança é única e se desenvolve em rítmo próprio, logo, padronizar comportamentos ou imaginar uma criança "ideal", está fora de cogitação.
O mais indicado é observar como a escola sugere a construção do planejamento, depois, avaliar se este método contempla todas as necessidades dos alunos. É provável que você tenha que flexibilizar a sua forma de construir o planejamento, permitindo aos alunos maiores chances de aprendizado.
Apesar da escola ter sua prática pedagógica registrada na sua proposta de ensino e em seu projeto Político Pedagógico, é o planejamento e a ação do grupo docente que vai confirmar ou ir contra estas ideias. Pois o planejamento é a expressão da nossa concepção pedagógica.
Bons estudos!
Márcia O. Soares
Pedagoga
Coordenadora Pedagógica

20 de fevereiro de 2011

“É mais fácil construir crianças fortes do que reconstruir adultos quebrados”



A importância do professor no desenvolvimento infantil e na formação do caráter da criança.






A chegada do século XXI era o almejo da humanidade. Não sabíamos que chegaríamos

a ele, mas ele chegou a nós.

Os homens que viveram as décadas anteriores

são os homens do nosso presente, e questionamos suas posições ante a

educação, a saúde, a fé, a solidariedade e a família, sendo o papel desta última

o grande questionamento na sociedade atual. Como tem sido a estruturação

familiar hoje em dia? Qual o papel da família na formação do indivíduo? Que

educação de base as crianças deste século estão tendo na escola, onde muitas

famílias acreditam estar a salvação ou o remédio para sanar a dor dessas crianças

abandonadas pelo limite?





Hoje, o excesso de razão tem feito com que os pais não tenham

a convicção da correção. Psicólogos desse novo século

trazem em suas teorias o trauma da correção, afirmando

que ela, em muitos casos, pode impedir o desenvolvimento

da independência da criança, tornando-a insegura. Os pais

passam a questionar sobre o momento certo para tal correção

acontecer e se perdem no caleidoscópio de regras.

Quem transforma, hoje, as crianças em verdadeiros vencedores?

Quem são os heróis e exemplos dessas crianças,

que clamam por socorro? Quando essas crianças, na escola,

batem em um colega ou cometem pequenas infrações, será

que elas não estão gritando para serem vistas ou ouvidas e

esperam que alguém diga: “Basta!”?





Infelizmente, chegamos a um momento em que deixamos a

educação ser fanada por passeios em shoppings, no Google,

no UOL e em tantos outros sites que substituem os pais,

sites estes que têm sido o livro de ética entre as crianças e

os adolescentes do mundo atual.

E pergunto: o que os pais

e educadores têm a dizer? O título do clássico do cinema

americano Assim Caminha a Humanidade tem sido a desculpa

mais comum entre muitos, porque, muitas vezes, eles

mesmos desconhecem onde cometeram os primeiros erros.

Cometem-se os primeiros erros quando se canta e se acha

engraçado crianças cantando melodias de fácil assimilação

que denigrem a imagem do outro. Peca-se quando se permite

que os meios de comunicação dialoguem mais com os

filhos do que os próprios pais, pois, na maioria do tempo,

estes estão simultaneamente presentes e ausentes. Será que

o limite e a repreensão agora não evitarão a mala de um

camburão no futuro? Estuda-se tanto para criar estratégias

educativas relacionadas ao limite da criança, porém, no

exato momento de colocá-las em prática, pais e educadores

não conseguem. Será que, entre os pais e educadores — educadores

porque, em muitos momentos, são também os responsáveis

por esse limite —, não existe a teoria do espelho?

Seria possível ensinar uma criança a escovar os dentes apenas

dizendo como se faz? Será que esses pais e educadores,

inflados pelo excesso de informação sobre o assunto, seriam

capazes de impor limites a essas crianças se muitos deles

não os tiveram?





Houve décadas na nossa história que foram de suma importância:

as décadas de 1960 e 1970 até meados dos anos 1980.

as essas décadas foram responsáveis pelo dilaceramento

da família. No auge das transformações sociais, quando a

principal regra era quebrar as regras impostas pela ditadura

militar, a família foi dilacerada. Ganharam-se algumas

coisas, mas se perderam os filhos. Os pais daquela época

são os filhos e avós de hoje. Houve uma mudança de comportamento

e uma inversão de respeito e valores. Tudo que

uma regra familiar, como pedir a bênção ou informar

para onde se está indo aos pais, transformou-se em algo

retrógrado. O não que era para ser dito ao autoritarismo da

ditadura passou a ser dito aos pais. A mudança na moda,

a aceitação dos excluídos, a nivelação social, os hippies, o

topless, as drogas, tudo isso transformou a atitude e o comportamento

dos filhos. Infelizmente não entenderam que a

liberdade pela qual lutavam era a liberdade do respeito ao

outro.

O não é tão importante na imposição do limite como

o dar de mamar, que cria a defesa imunológica. O não de

hoje com certeza fará um adulto forte no futuro.

Aprender a receber um não ensinará a criança que a vida

nem sempre lhe dirá um sim, evitando frustrações. Aprender

a receber um não é aprender a dizê-lo também. A criança

que aprende a receber um não também o dirá às drogas, ao

álcool, ao sexo prematuro — evitando tornar-se um adulto

ninfomaníaco —; dirá não aos pequenos furtos, à desonestidade,

à falta de respeito, à mentira. Dirá não a tudo que

tentar substituir os pais.

O problema é que ser pai é muito mais do que apenas

ser “bonzinho” com os filhos. Ser pai é ter uma função

e responsabilidades sociais perante nossos próprios filhos

e a sociedade também.

Portanto, quando decido

negar uma roupa a mais a um filho, mesmo podendo

comprar e sofrendo por dizer-lhe “não”, porque ele já

tem outras dez ou vinte, estou ensinando que existe

um limite para ter. Estou, indiretamente, valorizando

o ser [...]. Porque, para ter tudo na vida quando

adulto, fatalmente ele terá que ser um indivíduo extremamente

competitivo e provavelmente com muita

“flexibilidade” ética. Caso contrário, como conseguir

tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer “não”,

se nunca lhe fizeram crer que isso é até normal? ( ZAGURY,

Tania. Os Direitos dos Pais: Construindo Cidadãos

em Tempos de Crise. p. 31–32).

São sempre necessários os momentos quase únicos durante

a semana ou os finais de semana, como comer sempre à

mesa, falar do dia de trabalho, dos amigos da escola dos

seus filhos. As relações interpessoais são de fundamental

importância. Os pais têm de lembrar que ordem dada é ordem

jamais tirada, independentemente de quem a tenha

dado. Há crianças que são criadas por tios, babás e avós,

e a presença dos pais é motivo para os conflitos familiares,

com eles sempre lembrando: “O filho é meu, é a mim que

ele tem de obedecer”.

O que chamamos de falta de limite nada mais é do que uma

forma de dizer “Olhem pra mim, estou aqui, me socorram”.

As crianças pedem socorro, os adolescentes clamam. As

crianças não precisam de manual para ser compreendidas,

precisam de pais compromissados. Os pais precisam saber

que há uma enorme diferença entre criar e educar. Crianças

educadas são fortes emocional e fisicamente, crianças criadas

são apenas fortes fisicamente e gastam essa energia de

forma errônea.



O adulto problemático de hoje foi a criança sem limite

do passado; o péssimo pai de hoje foi a criança que não

viu um gesto de perdão entre os pais; o adulto que vemos

hoje em CPIs, envolvido em casos do mensalão, com certeza

foi uma criança sem limite. O narcisismo nas academias, as

cirurgias plásticas, os silicones são formas de aquela criança

que pedia socorro ser vista e amada. O lar conflituoso fará

adultos conflitantes consigo mesmos.





Limitar é ensinar a tolerar frustrações. É prevenir para

que, no futuro, uma dificuldade qualquer não se transforme

em uma barreira intransponível.

Limitar é ensinar que todos temos direitos, mas deveres

também. Limitar é mostrar que o outro também

deve ser considerado quando nos decidimos a agir, que

nunca devemos pensar apenas em nós mesmos, mas,

sim, compreender que vivemos em grupo — ou seja,

convivemos. É, antes de tudo, preparar nossos filhos

para o exercício da cidadania. É, pois, uma parte importante

do trabalho educacional da família. Um pai e

uma mãe conscientes não se deixam levar pelo medo do

que está acontecendo por aí afora; ao contrário, tudo o

que acontece na sociedade deve servir de base para encontros

e conversas com os nossos filhos. E, finalmente,

dar limites é dar responsabilidade, o que implica tornar

nossos filhos, mais cedo, adultos responsáveis (ZAGURY,

Tania. Encurtando a Adolescência. p. 45).

Os limites dados à criança diminuiriam, com certeza, os

problemas de incesto, divórcio, falta de compromisso com

as dívidas a serem pagas, o limite nos cartões de crédito, a

violência no trânsito, os casos de crimes passionais, a falta

de respeito ao outro, e, sem sombra de dúvida, os divãs ficariam

solitários, e os presídios como meio de reeducação

deixariam de ser o lar daqueles que foram órfãos de pais

vivos.

Então, se o desejo da sociedade é construir homens fortes,

precisamos rever nossos conceitos educacionais e travar

uma batalha contra essa invasão inovadora da modernidade

— em que tudo parece ser normal. Os pais estão perdendo os

filhos para um fantasma que os assombra por muito tempo,

e eles não sabem como exorcizá-lo: o fantasma da ausência.

O mundo acelerado exige que se trabalhe cada vez mais

para que os filhos possam ter mais. Porém, será que apenas

isso os satisfaz? Será que não seria muito mais significativo

para uma criança uma conversa ao pé da cama ou um beijo

de boa-noite do que um celular novo? Será que uma visita

repentina à escola não faria mais efeito do que o comparecimento

na festa de final de ano? Existem educadores que

nunca viram os pais dos seus alunos. A escola passou a ser

um orfanato.

Os complexos dos adolescentes e adultos — baixa autoestima;

a insegurança para dar os primeiros passos, escolher

uma profissão, mudar de emprego; ou até mesmo fáceis tarefas

como escolher uma roupa — serão sempre reflexo da

infância sem limite. Quando percebermos que a solução para

esses conflitos é o seio de uma família bem alicerçada pelo

respeito, pelo amor e pelo afeto ao próximo, grandes conflitos

mundiais serão solucionados, porque todos eles são de

ordem pessoal. Será difícil construir uma rocha, mas colher

migalhas perdidas no caminho será sempre impossível.





Referências Bibliográficas

ZAGURY, Tania. Encurtando a Adolescência. 10. ed. Rio de Janeiro:

Record, 2004.





Os Direitos dos Pais: Construindo Cidadãos em Tempos

de Crise. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.





¹ Essa citação é de autoria de Frederick Douglass (1818–1895), um

abolicionista, estadista e escritor afro-americano.





Fonte: http://www.construirnoticias.com.br

19 de fevereiro de 2011

Dicas para integrar a turma na volta às aulas



Com dinâmicas divertidas, você professor apresenta a escola aos alunos, aproxima colegas de classe e contribui para que todos se sintam acolhidos dentro do novo grupo.

Primeiro dia de aula. A turma toda está na expectativa para saber quem serão os novos professores. Muitos alunos nunca se viram ou mal se conhecem. Para formar um grupo unido, bem relacionado e em sintonia com você, esqueça a velha tática de dar bom dia, fazer as apresentações e entrar no conteúdo. Confira a seguir dez atividades de integração para diversos níveis de estudo.



1)- Como é meu colega

Diga à classe que todos vão ganhar um “retrato”. Pregue na parede uma folha de papel Kraft da altura da criança. Posicione o aluno de modo que fique encostado na folha e, com um lápis, desenhe o contorno do corpo dele. Estimule a turma a dizer como é o cabelo, o rosto, se usa óculos etc. Durante a atividade, repita muitas vezes o nome do aluno, para que os colegas memorizem. Faça o “retrato” de todos. Por fim, peça a um colega que desenhe o seu contorno, repetindo o processo de observação, para que as crianças também se familiarizem com você. Pendure os desenhos na parede e elogie o grupo. Nos dias seguintes, logo na entrada, pergunte à classe quem é cada um dos colegas desenhados e se ele está presente. Se estiver, ganha uma salva de palmas. Deixe os papéis expostos por algum tempo. É importante para os pequeninos que suas produções permaneçam ali até eles se sentirem pertencentes ao grupo e ao ambiente.

Recomendado para: Educação Infantil



2)- Os materiais que vamos usar:

Esconda na sala sacos ou embrulhos contendo materiais diversos que farão parte do cotidiano da meninada. Pode ser, por exemplo, livros, jogos, pincel, tesoura ou um pouco de argila. Peça às crianças que procurem, em duplas, pelos objetos. Isso já estimula a cooperação entre elas. Oriente a busca dizendo “quente”, se o que procuram está perto, “morno”, se está a uma distância média, ou “frio”, quando estiver longe. Depois que todos os pacotes forem encontrados, pergunte que atividades podem ser feitas com os materiais e aproveite para explicar melhor a função de cada um. Mostre como e onde eles ficarão guardados, chamando a atenção para a importância de manter o ambiente de trabalho sempre bem organizado.

Recomendado para: Educação Infantil



3)- Meu nome é…

Faça crachás com o nome das crianças e coloque no chão da sala, no meio de uma roda. Peça que cada uma identifique seu nome. Incentive o reconhecimento das letras iniciais, conte quantas letras compõem cada nome e faça com que elas percebam letras iguais em nomes diferentes. Quando todas já estiverem com crachá, comece um gostoso bate-papo sobre as preferências de cada um quanto a um tema predeterminado (como alimentos, brincadeiras, objetos ou lugares). Agrupe as crianças de acordo com as afinidades. Na etapa seguinte, peça aos alunos que desenhem aquilo de que gostam em uma folha e coloquem o nome. Quem não souber escrever sozinho pode copiar do crachá. Depois de prontos, os desenhos são mostrados aos colegas e, em seguida, expostos no mural. Com os alfabetizados, a dinâmica é a mesma, mas, além de desenhar, eles podem fazer uma lista de suas preferências.

Recomendado para: Educação Infantil



4)- Eu sou assim

Peça aos alunos para trazerem uma caixa de sapatos, que será transformada em caixa postal. O primeiro passo é fazer um corte horizontal em uma das laterais menores da caixa, por onde vai passar um envelope. Em seguida, numere-as e determine quem será o dono de cada uma. Diga a todos que memorizem o próprio número. Depois de prontas, coloque as caixas sobre a sua mesa. Numa segunda etapa, organize um sorteio. Cada estudante vai retirar de um saquinho um número, que será o da caixa de um de seus colegas, para quem ele escreverá uma carta. A mensagem deve ser anônima. No texto, o aluno se descreve fisicamente e escreve um pouco sobre seu dia-a-dia e seus gostos. O importante é dar informações suficientes para o destinatário adivinhar quem ele é e, de quebra, conhecer um pouco mais sobre sua vida. Ninguém pode ver o colega depositar a carta na caixa. Caso contrário, acaba o mistério sobre o remetente.

Recomendado para: 1ª à 4ª séries



5)- Quem é meu professor?

Organize uma entrevista para que os alunos conheçam você melhor. Divida-os em grupos e solicite que elaborem questões como se fossem repórteres. Diga que as perguntas podem ser sobre sua idade, se tem filhos, quanto tempo tem de profissão ou onde mora, por exemplo. Prontas as questões, sente-se num local da sala onde todos possam vê-lo bem para respondê-las. Avise que todos deverão trazer, no dia seguinte, um breve texto sobre tudo o que lembrarem. Assim, eles prestam atenção. Na próxima aula, sorteie algumas crianças para ler a produção escrita e peça que as demais avaliem e complementem se necessário. Proponha essa atividade depois de promover a apresentação e o reconhecimento do espaço físico da escola (a seguir).

Recomendado para: 1ª à 4ª séries



6)- Turismo na escola

Se a sua turma for de 1ª a 4ª série, divida os alunos em grupos. Esse é um bom momento para integrar os novatos. Deixe-os junto aos veteranos, que devem se comportar como verdadeiros guias e anfitriões. Em cada folha de papel, descreva um local da escola, coloque os textos em uma caixa e organize um sorteio. Cada grupo retira um papel e tenta adivinhar qual é o local descrito. Em seguida, desafie os grupos a encontrar os locais sorteados. Chegando ao destino, os alunos desenham o ambiente com o máximo de detalhes, escrevem o nome dos funcionários que trabalham lá e a sua função. De volta à classe, os grupos trocam observações e registros e expõem suas produções. Num segundo momento, peça a eles que produzam um mapa da escola (com a sua ajuda, é claro) numa folha de cartolina. Em cada local específico do mapa, os desenhos são fixados. Estimule os grupos, nos dias seguintes, a visitar as dependências que ainda não foram percorridas. Em turmas de 5ª a 8ª séries, a garotada pode

fotografar esses lugares e fazer entrevistas mais longas com os funcionários. Nesse caso, você não precisa fazer o mapa e pode pedir textos detalhados sobre os diversos “pontos turísticos” da escola.

Recomendado para: 1ª à 8ª séries



7)- Direitos e deveres

Já nos primeiros dias, estabelecer os famosos combinados pode evitar problemas e garantir um bom relacionamento ao longo do ano. Comece discutindo com a garotada o que espera do ano que se inicia e qual a melhor maneira de trabalhar em grupo para alcançar esses objetivos. Formule com todos (e escreva no quadro) a continuação das seguintes frases: “Temos direito a…” e “Somos todos responsáveis por…”. Lembre-se de que a declaração de direitos e deveres deve ser inspirada nas normas gerais da escola – que os alunos precisam conhecer – e ser focada no que deve ser feito, e não no que é proibido. A etapa seguinte é descobrir o que as outras turmas da escola combinaram. A troca de informação, além de enriquecer os tratados feitos por eles, promove a integração com colegas de outras classes. Ao terminar, peça a cada um que copie os tratados e cole na agenda. Assim, o texto estará sempre à mão. Além disso, os estudantes podem produzir dois grandes cartazes em cartolina para pendurar na

parede da classe.

Recomendado para: 1ª à 8ª séries



8)_ O que vamos aprender

Todo ano é a mesma coisa: o que esperar da série que se inicia? Uma situação desconhecida sempre dá um friozinho na barriga. Para baixar a ansiedade da meninada, registre no quadro algumas dúvidas e expectativas do grupo sobre o trabalho na nova classe e convide alguns estudantes da série seguinte para respondê-las. Deixe que falem livremente sobre as suas impressões e vivências como ex-aluno da série. Esse intercâmbio, logo no início, deixa a turma mais tranqüila e segura e valoriza a cooperação e a interação entre diferentes classes.

Recomendado para: 1ª à 8ª séries



9)- O que penso ou sinto sobre…

Inspirado em conteúdos transversais a ser trabalhados ao longo do ano, escolha imagens extraídas de revistas ou jornais: animais em extinção, diferentes profissionais em ação, crianças numa fila de vacinação, mesa com alimentos saudáveis, indivíduos em situações precárias de vida, produtos tecnológicos modernos, mulher grávida, entre outras. Entregue uma para cada aluno e peça que escrevam o que sentem ou pensam sobre a imagem. Isso possibilitará conhecer o nível do texto com relação a coesão, coerência, adequação gramatical e ortográfica e vocabulário. Além disso, você vai conhecer gostos, sentimentos, histórias de vida e percepção de mundo dos adolescentes.

Recomendado para: 5ª à 8ª séries



10)- O que vou aplaudir?

Organize os alunos em duplas e selecione temas para ser discutidos. Por exemplo: Brasil, reciclagem de lixo, internet, camisinha, desemprego, Sol, música. Escreva a lista no quadro-negro e em pedaços de papel, que são colocados num saquinho. Cada dupla sorteia um, vai até a lousa e diz se aplaude ou não o tema sorteado. Peça que cada um justifique sua opinião. Um deve complementar a fala do outro expressando tudo o que sabem sobre o assunto. Com essa atividade, você poderá avaliar o conhecimento do grupo, seu nível de expressão e argumentação e descobrir quais são seus interesses. Essas informações serão valiosas para o seu planejamento. Recomendado para: 5ª à 8ª séries



FONTE: http://tiamanda.wordpress.com/2009/01/
PLANEJAMENTO MATERNAL I E II.




Maternal I

OBJETIVO
1. Desenvolver os movimentos amplos: saltar, pular, andar...
2. Desenvolver os movimentos finos que envolvam as mãos, adquirindo controle e expressão gráfica com a progressão de exercícios que irão auxiliar no futuro aprendizado da escrita e da leitura.
3. Desenvolver estímulos sonoros e auditivos através de operações concretas.
4. Ampliar vocabulário e linguagem como meio de comunicação, desenvolvendo a imaginação, criatividade, organização de idéias.
5. Identificação do nome próprio.
6. Identificação das letras do nome próprio.
7. Identificação das vogais.

CONTEÚDO
1. Coordenação Motora Ampla.
2. Coordenação Motora Fina.
3. Discriminação Auditiva e Visual.
4. Expressão Oral (histórias, contos, músicas, teatro, etc).
5. Estudo do nome próprio.
6. Estudo das letras do nome próprio.
7. Apresentação das vogais.


ESTRATÉGIA
1. Através de jogos, brincadeiras e atividades lúdicas envolvendo operações concretas.
2. Através de materiais pedagógicos, sucatas, brincadeiras, jogos e atividades visomanuais concretas (pinturas, desenhos, etc).
3. Utilização de recursos audiovisuais como: músicas, histórias, parlendas vídeo, CD, figuras, rótulos, livros, portadores de textos, etc.
4. Leituras, interpretações, cantos, conversas, brincadeiras, jogos, recursos audiovisuais, livros, materiais pedagógicos, etc.
5. Apresentação de crachás, fichas, cartazes, desenhos, jogos e brincadeiras, etc.
6. Fichas cartazes, desenhos, materiais pedagógicos, jogos e brincadeiras.
7. Materiais pedagógicos, brincadeiras, atividades visomanuais concretas, etc.

AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança, no desempenho de suas atividades, no desenvolvimento da atenção, interesse assimilação e aprendizagem.
O instrumento de avaliação será uma ficha de avaliação, que entregaremos aos pais durante as Reuniões.

OBSERVAÇÕES:
CARACTERÍSTICAS: Aproximadamente 2 a 3 anos.
• Egocentrismo.
• Descobertas: tato, movimentos, formas, pessoas, texturas, reprodução de sons, andar, comunicação, etc.
• Coordenação Motora: abrir, fechar, empilhar, encaixar, puxar, empurrar, etc.
• Fantasia, Invenção e Representação (imitação de situações conhecidas: escolinha, casinha).
• Criatividade


TIPOS DE BRINCADEIRAS:
• Brincadeiras referentes à educação sensório-motora (sentir/executar).
• Exploração, canto, perguntas e respostas, esconder.
• Brincadeiras sem regras.
• Brincadeiras com poucas regras simples.
• Utilização das formas básicas de movimentos (andar, correr, saltar, rolar, etc).
• Estimulação e motivação.
• Atividades lúdicas.



MATEMÁTICA
OBJETIVO
1. Introduzir o raciocínio lógico, através de suas estruturas.
2. Desenvolver a lateralidade através de estímulos, motivações e atividades de coordenação.
3. Desenvolver a capacidade de situar cronologicamente os fatos para organizar seu tempo e suas ações, orientando-se também no espaço.
4. Desenvolver coordenação motora através de atividades lúdicas, concretas, pedagógicas e visomanuais.
5. Reconhecer e discriminar estímulos visuais, interpretando-os e associando-os.
6. Reproduzir seqüências e seriações, ex: ordenar objetos do mais alto para o mais baixo.
7. Reconhecer e discriminar numerais. Desenvolver contagem de 1 até 10.


CONTEÚDO
1. Estruturas lógicas: discriminação – comparação – identificação – cor – forma – tamanho – conjuntos – quantidade.
2. Conceito de lateralidade.
3. Orientação Temporal Espacial: antes/depois, atrás/na frente/no meio/entre, aberto/fechado, na frente/de costas, em cima/embaixo, em pé/deitado/sentado, longe/perto, direita/esquerda.
4. Coordenação Motora.
5. discriminação audiovisual.
6. Seqüência e seriação.
7. Numeração:
• Números de 1 à 5
• Contagem de 1 à 10

ESTRATÉGIA
1. Utilização de materiais pedagógicos, sucatas, figuras, livros, jogos, brincadeiras, ...
2. Brincadeiras lúdicas, materiais pedagógicos, atividades audiovisuais.
3. Através do uso de materiais concretos, materiais pedagógicos, jogos e brincadeiras, registro de atividades.
4. Jogos, brincadeiras, músicas, atividades lúdicas, materiais pedagógicos, registro de atividades.
5. Recursos Audiovisuais: rádio, CD, TV, vídeo, músicas, histórias, cartazes, fichas.
6. Cartazes, fichas, jogos, brincadeiras, materiais pedagógicos, atividades lúdicas e de registro.
7. Materiais pedagógicos e concretos, jogos, brincadeiras, cartazes, fichas, desenhos, etc.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança, no desempenho de suas atividades, no desenvolvimento da atenção, interesse assimilação e aprendizagem.
O instrumento de avaliação será uma ficha de avaliação, que entregaremos aos pais durante as Reuniões.


OBSERVAÇÕES:
Devemos desenvolver na criança a capacidade de pensar logicamente.
Trabalhar problemas relacionados ao seu cotidiano para melhor entendimento do meio em que vive.
A Matemática pode ser considerada uma linguagem simbólica que expressa relações espaciais e de quantidade. Sua função é pois, desenvolver o “pensamento”.
A medida que brinca com formas, com quebra-cabeças e com caixas que cabem dentro de caixas, a criança adquire uma noção do conceito pré-simbólico de tamanho, número e forma. Ao enfiar contas em um barbante ou colar figuras, adquire a noção de seqüência e de ordem. E quando utiliza as palavras “não cabe” e “acabou”, vai adquirindo a noção de quantidade.
“Esse trabalho deve se muito concreto, baseado no manuseio de materiais. Isso permito que as crianças se famialiarizem mais facilmente com os conceitos matemáticos.”



ESTUDOS SOCIAIS


OBJETIVO
1. Estimular o conhecimento da história Brasileira, através das Datas Comemorativas.
2. Desenvolver noção de hoje, ontem e amanhã, bem com o dia, a noite a relação com espaço/tempo.
3. Identificar, nomear e reconhecer a família e sua importância.
4. Estimulação do meio ambiente físico.

CONTEÚDO

1. Datas Comemorativas: Carnaval, Outono, Páscoa, Dia do Índio, Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais, Folclore, Independência, Inverno, Dia dos Animais, Dia das Crianças, Dia dos Professores, Proclamação da República, Primavera, Dia da Árvore, Natal e outros.
2. Calendário (relação espaço tempo).
3. Família.
4. Escola (ambiente/colegas).


ESTRATÉGIA
1. Contar histórias sobre o significado das Datas Comemorativas e a produção de lembrancinhas que traduzam a data em questão.
2. Produção de Calendário e exercício do mesmo ao iniciar a aula (manhã e tarde), e aniversários das crianças.
3. Nomeação, explicação e cartazes, através de estimulação de situação problema que envolva o conceito família.
4. Jogos e brincadeiras que explorem o ambiente e colegas.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.



CIÊNCIAS


OBJETIVO

1. Desenvolver capacidade de auto-higiene corporal.
2. Identificar, reconhecer, localizar e nomear partes do próprio corpo.
3. Estimulação dos 5 sentidos.
4. Estimular o cuidado com a natureza.
5. Nomear e reconhecer diferentes animais.
6. Discriminação entre liso e áspero.
7. Apresentação de diferentes alimentos, diferenciando de doce e salgados.


CONTEÚDO
1. Higiene Corporal (mãos, dentes, uso do banheiro).
2. Esquema corporal.
3. Órgãos dos sentido: olhos (discriminação visual), ouvidos (discriminação auditiva), tato, olfato e paladar.
4. Horticultura e jardinagem.
5. Animais.
6. Texturas (liso e áspero).
7. Alimentos.


ESTRATÉGIA
1. Incentivar o lavar as mãos, escovar os dentes e ir ao banheiro sozinho, sempre que necessário, através de músicas e histórias que despertem o interesse das crianças.
2. Utilizando quebra-cabeça, músicas, figuras, bonecas e nomeação que desenvolvam o reconhecimento do corpo humano.
3. Exercícios, atividades e jogos que desenvolvam a visão, audição, tato e gustação.
4. Plantação de mudas e flores.
5. Através de figuras, desenhos, gestos musicais e histórias.
6. Através de objetos que mostrem tais diferenças, estimulando jogos e atividades.
7. Apresentação de alimentos.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.



ARTES

OBJETIVO
1. Incentivar e desenvolver o hábito de desenho, estimulando assim a fantasia da criança.
2. Estimulação de confecção de brinquedos através da sucata.
3. Estimular a coordenação da criança e a criatividade com o uso da argila e massinha.


CONTEÚDO
1. Artes: desenho livre e pintura.
2. Sucata.
3. Argila e massinha.

ESTRATÉGIA
1. Utilização de lápis, pincéis, cola com muito incentivo, estimulando a criança através de elogios.
2. Material de sucata e criatividade do professor.
3. Apresentação de argila e massinha.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.

OBJETIVOS SÓCIO-EMOCIONAIS
1. Desenvolve hábitos de asseio: pedir para ir ao banheiro, lavar as mãos, limpar o nariz, etc.
2. Habitua-lo a usar os clichês sociais. Exemplo: Por favor, muito obrigado, com licença, etc.
3. Permitir que a criança seja independente.
4. Deixa-la explorar ao máximo os objetos e brinquedos.
5. Levar a criança a brincar com os outros do grupo.
6. Fazer com que a criança não fixe em um único colega.
7. Mante-la ocupada.
8. Levar a criança a participar das atividades de grupo.



MATERNAL 2



LINGUAGEM ORAL


OBJETIVO
1. Desenvolver na criança o conceito de eu em relação ao seu nome, idade e em relação aos pais (família) e colegas.
2. Desenvolver coordenação motora grossa (livre).
3. Despertar na criança o interesse por estímulos sonoros, para que ela consiga perceber, identificar e localizar sons forte e fraco.
4. Desenvolver a capacidade da criança de identificar diferentes objetos e movimentar-se no espaço com facilidade.
5. Incentivar e permitir a fala da criança em toda as atividades possíveis, corrigindo e ampliando seu vocabulário, utilizando também as músicas.
6. Estimular o vocabulário através de contos e histórias pequenas que despertem a fantasia da criança.
7. Incentivar a memorização de pequenas músicas e gestos.
8. Identificar e reconhecer as vogais.
9. Identificar o nome próprio e as letras do nome.


CONTEÚDO
1. Eu (nome, idade, pais e colegas).
2. Coordenação motora.
3. Discriminação auditiva.
4. Discriminação visual.
5. Expressão oral (pronúncias, relatos de acontecimentos, músicas).
6. Histórias e contos.
7. Memorização.
8. Vogais.
9. Nome próprio e letras do nome próprio.


ESTRATÉGIA
1. Através de músicas, jogos com bola pronunciando o nome e estimulação oral.
2. Utilização de recortes, colagem, traçado de linhas em folha e no chão, incentivando jogos e brincadeiras.
3. Utilização de instrumentos sonoros, músicas, batidas de palmas e pés e sons produzidos pela boca.
4. Utilização de sucatas, jogos e materiais pedagógicos com exploração dos objetos do ambiente interno e externo.
5. Utilização de leitura de histórias curtas, músicas e conversas diárias com a criança sobre sua rotina, dando atenção as perguntas e respondendo-as sempre de acordo com sua maturidade emocional.
6. Histórias curtas com gestos, estimulando o interesse e fantasia da criança.
7. Repetição de músicas, gestos e histórias curtas.
8. Através de materiais pedagógicos, fichas, desenhos, cartazes, etc.
9. Fichas, crachás, cartazes, materiais concretos e pedagógicos, jogos e brincadeiras, etc.


AVALIAÇÃO

Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.



MATEMÁTICA


OBJETIVO
1. Iniciar a aprendizagem de conceitos de longe, perto, dentro, fora, em cima, em baixo, atrás, na frente, ao lado, dentro, fora, cheio, vazio, etc.
2. Discriminar na criança o sentido de ontem hoje e amanhã.
3. Estimular o uso do raciocínio da criança.
4. Classificação e nomeação de objetos pelas cores primárias (azul, amarelo e vermelho), formas (círculo, triângulo e Quadrado), tamanho (grande e pequeno) e quantidade (1 a 9).
5. Nomear e identificar iguais e diferentes.


CONTEÚDO
1. Conceitos de lateralidade: todo, dentro/fora, grande/pequeno, cheio/vazio, grosso/fino, muito/pouco.
2. Organização espacial: antes/durante e depois, hoje/ontem/amanhã.
3. Jogos de raciocínio (quebra-cabeça e jogos de encaixe).
4. Classificar e nomear objetos pela cor, forma (círculo, triângulo e quadrado), tamanho e quantidade.
5. Nomear iguais e diferentes.


ESTRATÉGIA
1. Através de jogos, músicas e atividades que incentivam o aprendizado da criança como movimento da esquerda para a direita, jogos de dentro para fora, etc. Incentivar e explorar o meio ambiente.
2. Utilização do calendário e estimulação de perguntas e respostas que distingam o dia e a noite, o ontem, o hoje e amanhã.
3. Através de jogos como quebra cabeça, encaixes, de formas e situações problemas que incentivem a criança a pensar, não respondendo tudo para criança, sem que ela tente responder sozinha.
4. Através de objetos, sucatas e material dourado que tenham estas características, utilizando-os em jogos, como procurar cor e forma.
5. Através de jogos, sucatas e objetos que permitam a identificação e classificação de iguais e diferentes.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.



ESTUDOS SOCIAIS


OBJETIVO
1. Estimular o conhecimento da história Brasileira, através das Datas Comemorativas.
2. Desenvolver noção de hoje, ontem e amanhã, bem com o dia, a noite a relação com espaço/tempo.
3. Identificar, nomear e reconhecer a família e sua importância.
4. Estimulação do meio ambiente físico.


CONTEÚDO
1. Datas Comemorativas: Carnaval, Outono, Páscoa, Dia do Índio, Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais, Folclore, Independência, Inverno, Dia dos Animais, Dia das Crianças, Dia dos Professores, Proclamação da República, Primavera, Dia da Árvore, Natal e outros.
2. Calendário (relação espaço tempo).
3. Família.
4. Escola (ambiente/colegas).

ESTRATÉGIA
1. Contar histórias sobre o significado das Datas Comemorativas e a produção de lembrancinhas que traduzam a data em questão.
2. Produção de Calendário e exercício do mesmo ao iniciar a aula (manhã e tarde), e aniversários das crianças.
3. Nomeação, explicação e cartazes, através de estimulação de situação problema que envolva o conceito família.
4. Jogos e brincadeiras que explorem o ambiente e colegas.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.


CIÊNCIAS


OBJETIVO
1. Desenvolver capacidade de auto-higiene corporal.
2. Identificar, reconhecer, localizar e nomear partes do próprio corpo.
3. Estimulação dos 5 sentidos.
4. Estimular o cuidado com a natureza.
5. Nomear e reconhecer diferentes animais.
6. Discriminação entre liso e áspero.
7. Apresentação de diferentes alimentos, diferenciando de doce e salgados.


CONTEÚDO
1. Higiene Corporal (mãos, dentes, uso do banheiro).
2. Esquema corporal.
3. Órgãos dos sentido: olhos (discriminação visual), ouvidos (discriminação auditiva), tato, olfato e paladar.
4. Horticultura e jardinagem.
5. Animais.
6. Texturas (liso e áspero).
7. Alimentos.


ESTRATÉGIA
1. Incentivar o lavar as mãos, escovar os dentes e ir ao banheiro sozinho, sempre que necessário, através de músicas e histórias que despertem o interesse das crianças.
2. Utilizando quebra-cabeça, músicas, figuras, bonecas e nomeação que desenvolvam o reconhecimento do corpo humano.
3. Exercícios, atividades e jogos que desenvolvam a visão, audição, tato e gustação.
4. Plantação de mudas e flores.
5. Através de figuras, desenhos, gestos musicais e histórias.
6. Através de objetos que mostrem tais diferenças, estimulando jogos e atividades.
7. Apresentação de alimentos.


AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.



ARTES


OBJETIVO
1. Incentivar e desenvolver o hábito de desenho, estimulando assim a fantasia da criança.
2. Estimulação de confecção de brinquedos através da sucata.
3. Estimular a coordenação da criança e a criatividade com o uso da argila e massinha.

CONTEÚDO
1. Artes: desenho livre e pintura.
2. Sucata.
3. Argila e massinha.


ESTRATÉGIA
1. Utilização de lápis, pincéis, cola com muito incentivo, estimulando a criança através de elogios.
2. Material de sucata e criatividade do professor.
3. Apresentação de argila e massinha.

AVALIAÇÃO
Avaliação será contínua, através da observação diária da criança no desempenho de suas atividades, no relacionamento com os colegas e com a professora.
O instrumento de avaliação é uma ficha de observações que será entregue aos pais todo Bimestre.


OBJETIVOS SÓCIO-EMOCIONAIS
1. Desenvolve hábitos de asseio: pedir para ir ao banheiro, lavar as mãos, limpar o nariz, etc.
2. Habitua-lo a usar os clichês sociais. Exemplo: Por favor, muito obrigado, com licença, etc.
3. Permitir que a criança seja independente.
4. Deixa-la explorar ao máximo os objetos e brinquedos.
5. Levar a criança a brincar com os outros do grupo.
6. Fazer com que a criança não fixe em um único colega.
7. Mante-la ocupada.
8. Levar a criança a participar das atividades de grupo.

FONTE: planejamentos retirado blog cantinho das sugestões.